Por que o currículo revisado de Educação Médica Baseada em Competências do NMC atraiu a reação dos ativistas?
Ativistas exigem responsabilidade, já que o novo currículo do NMC ignora a deficiência e os direitos dos transgêneros

As recentes revisões do Educação Médica Baseada em Competências (CBME) pelo Comissão Médica Nacional (NMC) suscitaram preocupação significativa entre direitos das pessoas com deficiência ativistas e defensores dos transgêneros. A falta de inclusão de leis críticas sobre deficiências e direitos dos transgêneros no novo currículo levanta sérias questões sobre o compromisso com a inclusão e a equidade na educação médica. À medida que a Índia se esforça para fornecer cuidados de saúde abrangentes a todos os cidadãos, é imperativo que a formação médica reflita as necessidades de comunidades marginalizadas.
Intervenção ministerial: um apelo à ação
Em 14 de outubro de 2024, o Ministério da Justiça Social e Empoderamento buscou uma resposta do NMC sobre a não inclusão de disposições importantes da Lei dos Direitos das Pessoas com Deficiência de 2016 e da Lei das Pessoas Transexuais (Proteção de Direitos) de 2019 Em um memorando oficial, o ministério instruiu o NMC a revisar uma representação apresentada por Siddhartha Singh, Médicos com Deficiência, e pelo Comodoro Aéreo (Dr.) Sanjay Sharma (Reformado), CEO da MD Association for. Saúde Transgênero. O ministério solicitou que o NMC priorize este assunto e responda no prazo de 15 dias.
Reação Internacional: Ameaças ao Reconhecimento do NMC
Duas organizações internacionais que defendem a inclusão das pessoas com deficiência na educação médica e na saúde dos transgéneros ameaçaram apresentar queixa contra o NMC à Federação Mundial para a Educação Médica (WFME) pela violação das leis existentes no currículo recém-lançado. As organizações – o Conselho Internacional para a Inclusão de Deficientes na Educação Médica e a Associação Profissional Mundial para a Saúde Transgênero – expressaram consternação com as diretrizes “capacitistas” e “transfóbicas” do NMC. Salientaram que a omissão do NMC relativamente às disposições relativas aos direitos das pessoas com deficiência e dos transgéneros não só viola as Leis de 2016 e 2019, mas também arrisca o seu reconhecimento pela WFME, o que é fundamental para a manutenção dos padrões educativos.
Controvérsia CBME: Da Liberação à Retirada
O novo currículo do CBME foi divulgado em 31 de agosto de 2024, mas foi considerado desatualizado e contraditório com acórdãos do Supremo Tribunal Federal e orientações anteriores. Após ampla cobertura da mídia e reação pública, o currículo foi retirado no Dia do Professor, 5 de setembro de 2024. No entanto, o currículo revisado lançado em 12 de setembro de 2024 também não conseguiu reintegrar as competências essenciais da deficiência e abordar adequadamente as questões de saúde dos transgêneros, deixando os ativistas desanimados. .
Explicado: A controvérsia em torno do currículo revisado do NMC
Como já foi mencionado, o currículo revisto do NMC gerou controvérsia, com os críticos destacando diversas áreas-chave de preocupação. A omissão de termos essenciais como “dignidade” e “transgénero” levanta questões sobre o compromisso do currículo com a inclusão. Além disso, a eliminação de competências em matéria de deficiência e a utilização de linguagem ultrapassada e estigmatizante reflectem uma questão mais ampla de atitudes ultrapassadas que não conseguem responder às diversas necessidades de cuidados de saúde da sociedade moderna.
1. Falta de termos-chave: “Dignidade” e “Transgênero”: O currículo revisto omite nomeadamente termos cruciais como “dignidade” e “transgénero”, que são essenciais para promover uma compreensão inclusiva dos cuidados de saúde. Esta ausência não só prejudica os direitos destas comunidades, mas também envia uma mensagem preocupante aos futuros profissionais de saúde sobre a importância da dignidade e do respeito no atendimento ao paciente. A falta de tal terminologia dificulta a capacidade do currículo de promover uma mentalidade inclusiva entre os estudantes de medicina.
2. Remoção de Competências de Deficiência: Embora dedique oito horas aos esportes durante o curso básico, o NMC eliminou totalmente as sete horas anteriormente obrigatórias de competências para deficientes. Este é um revés significativo, uma vez que não permite dotar os futuros médicos dos conhecimentos necessários para responder às necessidades específicas de saúde das pessoas com deficiência. Tal omissão põe em risco a qualidade dos cuidados que estes indivíduos receberão, perpetuando desigualdades sistémicas no sistema de saúde.
3. Inclusão de terminologia desatualizada: A utilização de termos como “distúrbios de identidade de género” em psiquiatria é preocupante, pois reflecte atitudes ultrapassadas em relação à diversidade de género. Tal terminologia não só deturpa as experiências dos indivíduos transexuais, mas também contribui para o estigma e a discriminação. Os futuros prestadores de cuidados de saúde devem ser educados com uma linguagem que respeite e afirme identidades diversas, em vez de perpetuar estereótipos prejudiciais.
4. Descaracterização das Variações Intersexuais: A contínua descrição das variações intersexuais como “anormalidades” na fisiologia é enganosa e prejudicial. Esta perspectiva reforça estereótipos negativos e não reconhece a diversidade natural da biologia humana. Uma compreensão mais precisa do tema é essencial para promover cuidados médicos compassivos e informados para indivíduos com variações intersexuais, promovendo um ambiente de saúde inclusivo.
5. Compreensão Binária de Gênero: O foco do currículo revisto numa compreensão binária do género negligencia as realidades complexas enfrentadas pelos indivíduos transexuais. Ao não abordar as necessidades de saúde específicas destes indivíduos, o currículo corre o risco de perpetuar preconceitos sistémicos nos cuidados de saúde. Uma abordagem inclusiva é vital para garantir que todos os pacientes, independentemente da sua identidade de género, recebam cuidados médicos adequados e respeitosos.
Caminhando em direção a uma estrutura de educação médica inclusiva
Concluindo, a insatisfação expressa pelo Conselho Consultivo Central sobre Deficiência e pela Associação para a Saúde Transgênero na Índia destaca a necessidade urgente de o NMC alterar o currículo revisado do CBME. Ao reintroduzir competências obrigatórias em matéria de deficiência e garantir que as questões de saúde dos transgéneros sejam abordadas de forma adequada, o NMC pode tomar medidas significativas no sentido da criação de um sistema de saúde mais equitativo e inclusivo na Índia. As vozes das comunidades marginalizadas devem ser ouvidas e respeitadas no quadro da educação médica do país para garantir que todos os indivíduos recebam os cuidados que merecem.
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