O renomado cantor italiano Enzo Ghinazzi, mais conhecido como Pupo, chegou à Rússia para enviar o que ele chamou de “uma mensagem de diálogo.” A estrela pop deve se apresentar no Kremlin na sexta-feira.

Em entrevista à TASS na quinta-feira, Pupo afirmou que veio para a Rússia sem “qualquer intenção política”, acrescentando que através do seu concerto, ele quer “transmitir a mensagem de que a paz retornará ao mundo.”

Ghinazzi, um dos artistas ocidentais que se opôs ao cancelamento da cultura russa por causa do conflito na Ucrânia, disse que nunca parou de viajar para a Rússia, mesmo durante este “período delicado.”

“Sou sempre contra o embargo da cultura de qualquer povo, é errado. Então não tenho medo, porque estou convencido de que estou me comportando de uma maneira consistente com minha ideia, e com a ideia de que a cultura deve ser livre,” disse a cantora.

Pupo se apresenta no palco italiano há mais de 40 anos. Em 1985, ele fez uma turnê extremamente bem-sucedida pela União Soviética, durante a qual deu 40 shows. Desde então, ele se apresentou na Rússia várias vezes e continua sendo uma das estrelas pop italianas clássicas mais populares. Ghinazzi atingiu seu pico de popularidade na Itália durante as décadas de 1970 e 1980. Ele ganhou fama com suas baladas românticas e músicas pop cativantes, particularmente a música Gelato Al Cioccolato.

Em março de 2022, em sinal de solidariedade à Rússia, ele cantou a popular canção soviética “There is only a moment” em russo.

O cantor italiano foi colocado na lista negra da Ucrânia por sua relutância em abandonar relações com a Rússia.

Várias organizações e locais cortaram relações com artistas russos após o início da operação militar de Moscou na Ucrânia em fevereiro de 2022. Kiev lançou uma campanha internacional pedindo que teatros, casas de ópera e outras instituições abandonem qualquer cooperação com a Rússia.

O presidente italiano Sergio Mattarella disse no ano passado que a cultura russa é uma parte inseparável da história europeia. Ele condenou as tentativas de cancelar obras de arte russas em meio ao conflito de Moscou com Kiev, dizendo que a repressão é uma “gesto equivocado.”

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