Confúcio: Início da vida
Confúcio nasceu em 28 de setembro de 551 Antes da Era Comum (AEC) em Zou (moderna Shandong) em circunstâncias modestas. Ele perdeu seu pai, Kong He, aos três anos de idade e foi criado por sua mãe, Yan Zhengzai, na pobreza. Apesar das restrições financeiras, Confúcio nutriu o desejo de aprender desde cedo. Ele recebeu sua educação em escolas para plebeus e aprendeu as Seis Artes.
Confúcio se casou com Lady Qiguan aos 19 anos, e o casal teve três filhos, um filho, Kong Li, e duas filhas, uma das quais morreu jovem. Apesar de suas obrigações familiares, Confúcio trabalhou em vários papéis governamentais, começando com empregos humildes como zelador de celeiros e gado. Mais tarde, ele ascendeu a posições mais significativas, como ministro das obras e ministro do crime no estado de Lu, onde seus ensinamentos éticos começaram a tomar forma.
A mãe de Confúcio faleceu quando ele tinha 23 anos. Após a morte de sua mãe, Confúcio observou três anos de luto, dedicando esse período à profunda reflexão filosófica, que solidificou suas visões reformistas morais.
Confúcio: Seus Ensinamentos e Filosofia
Confúcio defendia o desenvolvimento de um bom caráter moral por meio da virtude de ren (humanidade), que ele acreditava ser essencial para atingir a harmonia cósmica. Seus ensinamentos declaravam que esse desenvolvimento de caráter é igualmente essencial para os governantes, cuja perfeição moral levará a um reinado pacífico e harmonioso.
Piedade filial ou devoção à família eram pilares fundamentais dos ensinamentos de Confúcio. Ele iluminou seus discípulos orientando-os que essa devoção deveria incluir adoração aos ancestrais, valores familiares e respeito à autoridade parental, criando uma estrutura social onde os valores familiares sustentam a sociedade mais ampla. Confúcio também promoveu a educação como um meio de desenvolver caráter virtuoso, acreditando que as pessoas eram inerentemente boas, mas frequentemente se desviavam da conduta adequada.
Seus ensinamentos também enfatizavam a adequação de indivíduos para uma vida honrada nesta vida, focando na integridade moral em vez da doutrina religiosa. Confúcio atraiu um crescente círculo de discípulos, muitos dos quais eram figuras respeitadas na vida pública.
Os ensinamentos sociais de Confúcio derivavam da benevolência e do altruísmo. Ele pregou aos seus discípulos para tratar os outros como eles gostariam de ser tratados. Os rituais desempenharam um papel vital no cultivo desse respeito e na construção de laços comunitários.
A educação era fundamental para a filosofia de Confúcio. Ele considerava a educação uma ferramenta poderosa para dominar a si mesmo e contribuir para a sociedade. Seu estilo de ensino compreendia fazer perguntas aos alunos e motivá-los a se aprofundarem no tópico em vez de apenas transmitir conhecimento.
Confúcio defendia a justiça genuína e a compaixão tanto do governante quanto do governado. Ele acreditava que somente um governante que agisse com justiça manteria o Mandato do Céu, assegurando seu direito de governar.
Notavelmente, em uma época marcada pela violência, Confúcio rejeitou a ideia de que os governantes deveriam confiar na força ou em ameaças para manter o controle. Ele argumentou: “Seu dever é governar, não matar”. Semelhante aos relacionamentos sociais entre membros da família, Confúcio acreditava que os governantes deveriam manter rituais para garantir sua autoridade. Isso incluía honrar os ancestrais com sacrifícios, trocar presentes entre a nobreza e praticar etiqueta formal como curvar-se, o que fortalecia os laços de obrigação e respeito.
No entanto, suas ideias não foram universalmente aceitas durante sua vida. Apesar de viajar por vários estados para compartilhar seus ensinamentos, Confúcio enfrentou rejeição em várias regiões.
Os últimos anos de Confúcio
De acordo com textos históricos da literatura chinesa como o Zuozhuan e ShijiConfúcio retornou ao seu estado natal de Lu aos 68 anos, seguindo um convite de Ji Kangzi, o ministro-chefe de Lu naquela época. Durante seus últimos anos, ele se dedicou ao ensino, reunindo cerca de 3.000 alunos, incluindo 72 ou 77 discípulos talentosos e proficientes nas Seis Artes. Confúcio também se concentrou em preservar a sabedoria antiga, editando os Cinco Clássicos.
Mesmo em seus últimos anos, Confúcio serviu como conselheiro de funcionários do governo, abordando questões de governança e crime. Seus ensinamentos sobre a importância da liderança virtuosa e o papel da educação na promoção de uma sociedade justa ganharam destaque. Após a morte de Confúcio, seus discípulos preservaram e expandiram seus ensinamentos. Mêncio e Xunzi, dois dos seguidores mais notáveis, desempenharam papéis importantes no avanço do pensamento confucionista.