O Supremo Tribunal Federal (STF) votará na segunda-feira se mantém ou não a decisão que baniu a plataforma de mídia social X, anteriormente conhecida como Twitter.
O ministro Alexandre Moraes pediu a votação após a plataforma foi suspensa no país nas primeiras horas do sábado.
Isso aconteceu depois que X não conseguiu nomear um novo representante legal no Brasil antes do prazo imposto pelo tribunal.
Uma disputa entre o juiz Moraes e o dono do X, Elon Musk, começou em abril, quando o juiz ordenou a suspensão de dezenas de contas do X por supostamente espalhar desinformação.
Há 11 juízes no Supremo Tribunal Federal do Brasil, que é dividido em duas câmaras de cinco membros cada, excluindo o presidente do tribunal. As câmaras podem votar se devem manter ou rejeitar decisões de qualquer um de seus juízes.
O ministro Moraes é membro da primeira câmara que revisará sua decisão de banir X.
Reagindo à decisão de banir X, o Sr. Musk disse: “A liberdade de expressão é a base da democracia e um pseudojuiz não eleito no Brasil está destruindo-a para fins políticos”.
Em sua decisão, o juiz Moraes deu às empresas, incluindo Apple e Google, um prazo de cinco dias para remover o X de suas lojas de aplicativos e bloquear seu uso em dispositivos iOS e Android.
Ele acrescentou que indivíduos ou empresas que ainda acessam X usando redes privadas virtuais (VPNs) podem ser multadas em R$ 50.000 (£ 6.700).
A X fechou seu escritório no Brasil no mês passado, dizendo que sua representante havia sido ameaçada de prisão caso não cumprisse ordens que descreveu como “censura”, o que considerou ilegal segundo a lei brasileira.
O ministro Moraes havia determinado que X contas acusadas de espalhar desinformação — muitas das quais eram apoiadores do ex-presidente de direita Jair Bolsonaro — deveriam ser bloqueadas enquanto estiverem sob investigação.
Dizem que o Brasil é um dos maiores mercados para a rede social do Sr. Musk.